DOS JORNAIS DE HOJE: Sem a presença de Jair Bolsonaro a quantidade de polêmicas nas quais o governo federal se envolve cai vertiginosamente. A prova é que as páginas dos jornais tratam mais de medidas e menos de confusões. No entanto, as capas de O Globo e Estadão destacam que o Congresso e o presidente em exercício rebateram o posicionamento de Carlos Bolsonaro que foi considerado um ataque à democracia. O vereador carioca criticou a imprensa e disse que suas palavras foram distorcidas. O irmão deputado, Eduardo, saiu em defesa de Carlos comparando-o com Winston Churchill.
A Operação Lava Jato é motivo de algumas reportagens da Folha de S. Paulo. O jornal informa que nas ações realizadas ontem, a operação visava o núcleo de confianças e os gastos das campanhas da ex-presidenta Dilma Rousseff. Além disso, o delegado responsável pela sindicância sobre o grampo na cela de Alberto Yousseff foi suspenso por ter cometido erro no inquérito. A suspensão é de apenas oito dias, o que faz pensar sobre qual é a relevância. O chefe da força-tarefa de Curitiba Deltan Dallagnol viu o processo contra ele no CNMP ser adiado mais uma vez. Os outros jornais noticiaram apenas que o filho do ex-ministro Edson Lobão foi preso por ter acertado propina ligada à construção da usina de Belo Monte.
Com relação ao governo federal, os temas das reportagens nos jornais são a falta de dinheiro, a possibilidade de atraso na votação da reforma da Previdência e algumas propostas para a reforma tributária como a recriação da CPMF. Folha e Valor tratam da situação das Forças Armadas. Os jornais noticiam a entrega do caça Gripen pela empresa sueca, mas informam que a falta de verbas pode prejudicar o desenvolvimento do programa. Ao Valor, o ministro da Defesa afirmou que vão ser encontradas maneiras que reverter o problema. O jornal informa ainda que está sendo estudada a criação de um novo banco para financiar a indústria de defesa. De início, a instituição teria 100% de aportes privados. O Valor também publica notícia sobre o interesse do governo brasileiro em firmar acordos militares com países do Golfo Pérsico.
Já o jornal O Globo informa que o futuro diretor-geral da PF é próximo da família Bolsonaro e que ainda é baixo o número de brasileiros que ingressa em universidades. O Estadão publica reportagem sobre um racha no PSL do Senado causado pela ação de Flávio Bolsonaro que deseja derrubar a CPI da Lava Toga.
