DOS JORNAIS DE HOJE: O grande destaque dos jornais é a mensagem do ex-presidente Lula de que se recusa a aceitar a progressão de regime da pena que cumpre injustamente. A cobertura da Folha sobre a situação de Folha é mais objetiva do que as realizadas por O Globo e Estadão. O jornal carioca é altamente especulativa e não apenas tenta decifrar quais são as intenções do ex-presidente como crava quais são os objetivos dele como se tratasse de fatos apurados. Já o Estadão mantém o seu ódio ao PT e ao Lula. Além de um editorial criticando a política econômica aplicada nos governos petistas, o jornal não publicou reportagem sobre o posicionamento de Lula, mas tratou da declaração do ex-presidente através da entrevista concedida por Jair Bolsonaro que "deu de ombros" para Lula. É evidente que assim como Jair Bolsonaro, o Estadão também tem medo da liberdade e da inocência de Luiz Inácio Lula da Silva. O que houve de semelhante todos os jornais foi a divisão de opiniões entre juristas sobre o direito de Lula recusar o regime semiaberto. A Folha foi o único dos jornais a informar que o pedido de progressão de pena para Lula marca uma mudança de conduta da força-tarefa da Lava Jato.
Em Brasília, Jair Bolsonaro parece ter dado ouvidos às análises de que sua popularidade melhora nos períodos em que não dá declarações polêmicas. O presidente tem falado pouco. Ele chegou a dizer que só voltaria a conceder entrevistas quando a imprensa publicasse o que realmente aconteceu na Assembleia-Geral da ONU. Como não foi preciso na crítica, o mais provável é que esteja usando a grande mídia para se comunicar diretamente com seu eleitorado e tentar minar as críticas que recebe.
No mais, a destruição continua. A Folha informa que o presidente do Incra vai ser substituído porque não agrada aos ruralistas. O jornal aponta também que o programa Bolsa Família voltou a registra fila de espera para recebimento do benefício. O Estadão informa que o Orçamento das universidades para o ano que vem continua incerto porque depende de aval do Congresso. Outra reportagem do Estadão e sobre o encolhimento da indústria brasileira que pode deixar de ser uma das 10 maiores do mundo. De acordo com o jornal, o governo federal cancelou a 8,5 mil contratações do Minha Casa, Minha Vida.
Enquanto isso, Gilmar Mendes decidiu suspender todas as investigações sobre Flávio Bolsonaro que estejam relacionadas ao caso Queiroz.