DOS JORNAIS DE HOJE: A melhora da percepção sobre o governo durante o período em que Jair Bolsonaro não pôde fazer declarações polêmicas porque estava internado, fez com que surgissem nos jornais reportagens expondo o chamado "gabinete do ódio" formado por um grupo de assessores ligado a Carlos e Eduardo Bolsonaro. Este grupo seria o responsável por "incitar", segundo os jornais, Jair Bolsonaro a adotar posturas mais beligerantes. Para além das declarações do presidente, o quebra-cabeça de problemas do Palácio do Planalto também envolve a relação de Bolsonaro com Sergio Moro e a PF. Nos últimos dias, tudo estava indicando para uma calmaria, mas a operação deflagrada pela Polícia Federal contra o líder do governo no Senado pode fazer com que surjam novas faíscas. A Folha informa que Bolsonaro questionou a Moro se a PF está sob controle. Por enquanto, a declaração foi assim tímida, mas há preocupações porque estão em jogo a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos EUA e uma articulação para formar uma base governista.
No entanto a operação faz surgir novas rusgas, como a do Senado com o Supremo e a PF. O ministro Barroso que autorizou a operação rejeitando o parecer da PGR, é um lavajatista e deflagra um ataque ao governo e ao Senado no momento em que a Operação Lava Jato sofre uma série de restrições por novas regras que estão sendo discutidas e aprovadas no Congresso e ainda corre o risco de ver uma série de anulações pelo STF. A Folha informa que durante uma palestra, Deltan Dallagnol afirmou que há um revanchismo contra a operação.
Com relação à economia, a Folha informa que a demora para investimentos estrangeiros no Brasil se deve às queimadas na Amazônia e também por dúvidas com relação à retomada da economia. O Estadão informa que o risco país está no menor nível em seis anos, mas que os investidores mantêm a cautela. Já o Valor Econômico publica reportagem sobre o aumento dos investimentos nas empresas, mas este deve ocorrer apenas em tecnologia e não na contratação de pessoal.
