DOS JORNAIS DE HOJE: Folha e O Globo deram mais destaque em suas capas para a aprovação pela Câmara de mudanças que afrouxam o controle dos gastos eleitorais. Já Estadão e Valor destacaram a redução da taxa básica de juros. O governo federal continua sem ser o polo impulsionador de polêmicas, afinal, Jair Bolsonaro não voltou a conceder entrevistas como vinha fazendo antes de ser internado.
As agendas políticas e econômicas assumidas pelo governo federal desde o golpe de 2016 mostram resultados rapidamente e eles são negativos. A Folha informa que o nível de ocupação voltou a ser semelhante ao do período pré-crise, mas com mais desigualdade e informalidade. O Globo informa que a maioria das vagas criadas paga até dois salários mínimos. Já o Valor Econômico publica reportagem mostrando que a desigualdade está se acentuando mais no meio rural. Em outra matéria, o jornal afirma que as regiões Norte e Nordeste seriam as mais prejudicadas pela desindexação do salário mínimo e que a mudança deve gerar mais desigualdade. O Valor aborda também um estudo realizado pelo Ipea que mostra a drástica redução de verbas para ciência e tecnologia. O Brasil deve voltar ao patamar que era praticado em 2006. A falta de foco do governo na área educacional também foi alvo do jornal que publica reportagem na qual diz que o Brasil pode deixar a próxima geração de adulto no "limbo".
O governo federal não se preocupa com o futuro e o reflexo disso são as pressões externas com relação à postura ambiental adotada pela equipe de Jair Bolsonaro. A Folha informa que a delegação brasileira não vai poder discursar no encontro da ONU sobre o clima que vai ser realizado em Nova York. O jornal também publica reportagem sobre um manifesto lançado por 230 fundos de investimento que pedem ao Brasil que preserve a Amazônia. A preocupação é com a fuga de investidores.
Enquanto os problemas se avolumam, Jair Bolsonaro deve concentrar seu discurso na Assembleia Geral da ONU em fazer críticas à Venezuela e a Cuba, informa o jornal O Globo. O fundamentalismo no discurso bolsonarista deve aumentar. A Folha publica notícia sobre um encontro entre a bancada evangélica e ministros do governo. O objetivo teria sido afinar o discurso para fazer avançar a pauta de costumes.
