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FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO - ANÁLISE DE MÍDIA 17 ABR 2019
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DOS JORNAIS DE HOJE: As capas de O Globo, Folha e Estadão destacam o mesmo assunto, o conflito entre PGR e STF com relação ao inquérito que investiga fakenews sobre o Supremo. O Valor Econômico, por sua vez, destaca que o governo liberou a Petrobrás para definir seus preços. Os dois assuntos são tratados por todos os jornais.

Sobre a divergência entre PGR e STF, a imprensa tradicional dá indícios em seus textos de que há possibilidade de ocorrer um crise institucional. A expressão "crise institucional" é a manchete da reportagem do Globo sobre o tema. No geral, os jornais abordam a tensão momentânea e se a liberdade de expressão foi ameaçada. O que fica de fora é se a responsabilidade por vazamentos seletivos está sendo apurada, de fato. Lembrando que tais vazamentos são a grande marca desses anos de Operação Lava Jato. Já as reportagens sobre a política de preços da Petrobrás tratam mais do pacote de incentivos que o governo vai oferecer para os caminhoneiros. De acordo com as apurações da imprensa, ao invés de aliviar a tensão entre os motoristas o pacote teve o efeito reverso. Representantes dos caminhoneiros afirmam que a categoria já está endividada e não pode contrair novos empréstimos. O risco de uma greve estaria ainda maior. 

Outro assunto que é central na imprensa há meses é a reforma da Previdência. O Valor Econômico informa que a oposição e os partidos do centrão estão negociando as mudanças no texto da PEC ainda na CCJ e que o governo está totalmente alheio à discussão. Quem tem voz nas negociações é Rodrigo Maia. De acordo com a reportagem, um acordo estaria bem próximo. Sobre a reforma, a Folha publica entrevista com o empresário Luiz Fernando Furlan. Ele afirma que empresas estão adiando investimentos porque não sabem se o governo tem competência de aprovar a reforma, mas Furlan diz acreditar na possibilidade. 

A conflituosa relação entre o Congresso e o governo ainda pode fazer com que a mudança na estrutura dos ministérios seja cancelada ou sofra novas alterações. A Folha informa que deputados não concordam com todas as mudanças e, dificilmente, a MP que trata do assunto vai ser aprovada sem emendas. Além disso, ela corre o risco de caducar. O Estadão aborda outro foco do conflito: líderes partidários ainda discutem no Congresso contrariar a decisão do governo de não conceder aumento real no salário mínimo. 

A imprensa foca nos conflitos, mas ignora a situação dramática de milhões de brasileiros que continuam desempregados. As condições de vida dessas pessoas não é alvo do noticiário. Da mesma forma, o relaxamento da fiscalização ambiental e em outras áreas também fica em segundo plano.

  Data de publicação : quarta-feira, 17 de abril de 2019  10:28
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