DOS JORNAIS DE HOJE: O grande destaque das capas dos jornais foi, obviamente, a invasão do Congresso estadunidense por apoiadores de Donald Trump. O Estadão foi o mais extremo dos jornais e classificou o ato como um "ataque à democracia". No noticiário sobre o ocorrido aparecem questionamentos sobre o papel dos EUA como "guardião da democracia no mundo". Por outro lado, foram publicados textos que lembram os assassinatos de presidentes no país. A repercussão no Brasil, evidentemente, passa por Jair Bolsonaro que não condenou a ação e nem defendeu a democracia, mas reafirmou a tese de que houve fraude nas eleições americanas.
Aliás, a falta de compromisso de Jair Bolsonaro com a verdade e com a realidade fez com que a Folha publicasse um editorial defendendo que o Brasil não está quebrado. E essa informação também apareceu em todos os outros jornais. Talvez seja um bom momento para mostrar que o país nunca esteve quebrado e que a frase "o PT quebrou o Brasil" sempre foi mentirosa, parte do golpe que nos trouxe ao caos. O Valor Econômico menciona que o caixa do Tesouro Nacional está reforçado e próximo do nível pré-pandemia, no entanto, o jornal informa também alguns especialistas em finanças ainda enxergam a possibilidade de um "shutdown" do governo em 2021. Apesar de afirmarem que o país não está quebrado, os jornais não mostram que a falta de investimentos no país é resultado de uma escolha política, mas aí é que entra a "sinuca de bico" da imprensa tradicional que sempre defendeu essa agenda.
Apesar da alegação do presidente de que falta de dinheiro, o Estadão informa que o Planalto deve apresentar proposta para reajustar o programa Bolsa Família e incluir mais beneficiários, no entanto, haverá necessidade de um aporte maior ao programa por parte do Congresso Nacional. Enquanto o presidente esvazia a sua credibilidade e tenta acirrar a briga com a imprensa, o país segue sem desenvolver um plano nacional de imunização contra o coronavírus que seja eficiente e, mais importante, que seja baseado na vacinação e não na recomendação do uso de cloroquina.