DOS JORNAIS DE HOJE: A fala de Jair Bolsonaro sobre o Brasil estar quebrado não foi o grande destaque em todos os jornais, o que demonstra a falta de credibilidade do presidente da República. É evidente que todos os veículos publicaram reportagens sobre o que disse o presidente, mas as palavras do beócio líder do governo brasileiro só estiveram como destaque na capa do Globo. O jornal carioca e o Estadão publicaram opiniões de "especialistas" das finanças que contradisseram e criticaram duramente Jair Bolsonaro. O problema para os jornalões e para a grande mídia brasileira em geral, é que sempre apoiaram a política de austeridade fiscal e agora não podem dizer que ela é ruim, então, apenas expõem as palavras de Bolsonaro e afirmam que a fala é perigosa para a credibilidade do país. Interessante é que nessa "sinuca de bico" da imprensa tradicional, o Estadão acabou publicando parte de um levantamento feito pelo Ibre/FGV que mostra como o Brasil está longe de ser um país com muito gasto público. O período analisado vai de 2010 a 2019. A intenção do jornal era mostrar que os gastos estavam aumentando já antes da pandemia.
Para além de Jair Bolsonaro, o Valor Econômico publicou reportagem em que a avaliação dos analistas do mercado não se altera: 2021 é um ano de incertezas é o crescimento econômico que ocorrerá será resultado apenas uma questão matemática e não um crescimento de fato.
O que realmente preocupa os jornais é a eleição para a presidência da Câmara. Folha e O Globo contam os passos dos dois candidatos. Já o Estadão critica duramente Arthur Lira, mas mostra que o deputado do PP e Baleia Rossi votam de forma semelhante na Câmara dos Deputados.
Por fim, vale observar que Jair Bolsonaro mantém como estratégia dizer que não é responsável pelos problemas do país. Ora é culpa do passado, ora é culpa dos brasileiros que, segundo ele, não tem formação para fazer nada, ora é culpa dos que não o deixam governar. Um presidente medíocre, com retórica medíocre e uma narrativa também medíocre.